sexta-feira, 13 de março de 2009

Kant - Bruno Volski

Caramba! Se você quer por a prova sua capacidade interpretativa, experiemente se aventurar pelas paginas da “Crítica da razão pura” ou “Fundamentos da metafísica dos costumes”, muito foda! Mas vamos lá!!!

Kant acredita que os seres humanos são dotados de uma exigência de moralidade, oriunda do juízo prático dos homens, mas ao contrario de Sócrates, não se perde na categorização empírica dos significados (por exemplo do que venha a ser justiça segundo o que pensa a maioria), Kant vai um pouco além.

É através do entendimento da consciência moral que torna-se possível constituir a idéia de bem, sendo este produto da boa vontade, portanto uma pessoa inteligente, culta, de bons modos e paciente, pode ser que não represente o bem, pois pode instrumentar, com tais qualidades, uma intenção perversa. Assim, é na intenção que reside à análise primordial da moral.

Agir a contento com as imposições legais, ou segundo as gentilezas oriundas de comportamentos padronizados, até mesmo a honestidade de um vendedor estimulada pela concorrência de mercado não são sinônimos de moralidade; esta é produto de uma conformação do sujeito à ação que pratica em respeito e afirmação do valor embutido em sua ação, em respeito pelo dever.

Mas Kant não credita ao respeito como o fundamento da moralidade. Estabelece que o imperativo pode ser hipotético, ou categórico. O hipotético é a aceitação do meio para uma finalidade, se o fim deixa de existir, deixa de existir esse imperativo.

Já o imperativo categórico é absoluto, e se estabelece brilhantemente dessa forma: Age unicamente segundo a máxima que faz com que pessoas querer ao mesmo tempo que ela seja uma lei universal. Ou ainda: Age como se a máxima da tua ação devesse pela tua vontade ser erigida em lei universal da natureza.
Kant ainda estabelece outra paulada na nuca: Age de tal maneira que trates a humanidade tão bem na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro sempre ao mesmo tempo como um fim e nunca simplesmente como um meio. (!!!!!)

Assim, tendo princípios fundamentais de moralidade que constitui parte da própria natureza racional, cada ser humano pode estabelecer a legislação de si que seja universal, o que traz o principio de autonomia, e este passa a ser um principio fundamental da vida moral.

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